A baixa adesão às manifestações pró-impeachment neste
domingo em todo o país levaram a oposição a constatar que o governo está certo
em querer liquidar logo a discussão na Câmara, com a suspensão do recesso.
Diante disso, os partidos oposicionistas vão manter
publicamente a defesa do rito adotado até aqui, mas nos bastidores já não acham
ruim que o STF dê um freio no processo e que a escolha da comissão fique apenas
para depois do período de férias do Legislativo.
Nesta terça, os partidos oposicionistas irão ao Supremo
levar memoriais ao ministro Luiz Fachin defendendo que toda eleição na Câmara
deve, sim, ser feita por voto secreto.
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Na quarta o STF julga as cautelares da Arguição de
Descumprimento de Preceito Fundamental, a principal ação a questionar o
impeachment.
Se o Supremo determinar que tudo que foi feito até aqui
seja refeito, a ideia da oposição é recorrer, pedindo que o STF explicite a
decisão, determinando o rito. Com isso, quer ganhar tempo para que tudo seja
refeito só depois do recesso, quando, esperam os contrários a Dilma, a
insatisfação popular será mais latente.
Fonte: Lauro Jardim
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