O parecer do Banco Central apontando que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha
(PMDB-RJ), e sua mulher, Claudia Cruz, não declararam às autoridades
brasileiras contas no exterior por 14 anos deve reforçar os indícios levantados
pela Procuradoria-Geral da República para oferecer uma segunda denúncia contra
o deputado ao STF (Supremo Tribunal Federal).
Investigadores da Lava Jato avaliam que o levantamento da
autoridade monetária indicando crime de evasão de divisas por parte do deputado
fortalece os documentos enviados pelo Ministério Público da Suíça que motivaram
a abertura do segundo inquérito no Supremo que investiga Cunha, a mulher e uma
filha pela movimentação no exterior.
Procuradores acreditam que já reúnem elementos para
oferecer denúncia por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. No inquerito aberto
pelo ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato, o deputado é investigado
ainda por corrupção.
A abertura de processo administrativo do BC para analisar
as contas no exterior também pode ser anexada ao pedido de afastamento de Cunha, do mandato e do comando da Câmara, feito pelo
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que deve ser analisado em
fevereiro pelo STF.
Uma nova denúncia, no entanto, só deve ser oferecida
quando todos os elementos sobre os crimes apontados tiverem consolidados pelo
procuradores.
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