O Fundo Financeiro do Estado do Rio Grande do Norte
(Funfir) exauriu. O Governo do Estado sacou a última parcela disponível
do Funfir para complementar o pagamento do décimo terceiro salário de
aposentados e pensionistas, pagos nesta segunda-feira, dia 14. A retirada de R$
75 milhões zera o saldo disponível do Fundo, explica o presidente do Instituto
de Previdência do Rio Grande do Norte (Ipern), José Marlúcio de França. Restam
da reserva inicial de R$ 973 milhões, apenas os R$ 323 milhões aplicados em uma
carteira de investimentos de longo prazo, junto ao Banco do Brasil, que só
poderão ser sacados em maio do próximo ano.
Ao todo, desde a unificação dos fundos previdenciário e
financeiro do Estado em dezembro passado, o Executivo estadual fez 14
retiradas. Após o saque de novembro no valor de R$ 73 milhões, restavam igual
valor, R$ 73 milhões, que acrescidos de juros no período chegou ao montante
sacado – R$ 75 milhões., segundo informações repassadas pelo presidente do
Ipern.
O fim da possibilidade de novas retiradas acende o sinal de alerta para a folha
de pagamento de inativos - deficitária em R$ 90 milhões ao mês - de dezembro e
dos meses seguintes que poderão estar comprometidas. “Não tem mais de onde
tirar. Como se diz no popular: raspou o tacho. Zerou a reserva do Fundo e o que
resta lá está preso em investimentos, que se não fosse isso, seria usado
também”, disse José Marlúcio de França.
O Estado terá que recorrer
a outras fontes, explica presidente do Ipern, para garantir o salário nos
próximos meses. Entre elas, ele aponta os possíveis resultados das ações
desenvolvidas pelo Estado para economizar, com o trabalho de recuperação de
crédito, o Fundo de participação e ainda com as receitas de arrecadação
própria. “Mas isso cabe a Seplan definir o que vai ser feito para honrar as
próximas folhas”, afirma. “Não tem mais do Funfir”, reitera França.
Fonte: Tribuna do Norte
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