Em
meio à maior crise financeira e hídrica que assola boa parte dos municípios do
Rio Grande do Norte, a tradicional festa de Carnaval realizado em Macau,
localizada na região da Costa Branca potiguar, foi cancelada nessa terça-feira
(19) pela empresa organizadora. A decisão foi tomada em meio ao impasses entre
a prefeitura do município, a iniciativa privada e o Ministério Público Estadual
(MPRN).
Na
manhã de ontem (19), o empresário Serginho Lisboa, administrador da empresa
responsável pela organização do “mela-mela” e das atrações da Arena Carnaval,
divulgou nota nas redes sociais em que reforçou a impossibilidade de realizar a
festa diante da falta de garantias oferecidas pelo município. “Poderíamos realizar os eventos se tivéssemos as garantias reais de segurança, saúde e
infraestrutura para o carnaval. Busquei contato com o prefeito e não consegui.
Precisava de garantias escritas e assinadas”, disse em nota.
Ainda
segundo o empresário, o Ministério Público sinalizou que poderia intervir com
medida cautelar caso a realização do carnaval se concretizasse, cancelando as
atividades em cima da hora. Além disso, Lisboa acredita que o Carnaval está
sendo alvo de “boicote” "por quase todos que detém de influência política”,
conforme afirmou na publicação.
A
administração municipal recebeu recomendação do MPRN para não custear os
festejos ligados ao Carnaval, como o pagamento de bandas e artistas que se
apresentariam durante os dias de folia. Conforme adiantou TRIBUNA DO
NORTE, em reportagem publicada no último domingo (17), o prefeito interino
Einstein Batista declarou que a gestão acata a decisão do MPRN, mas garantiu a
segurança e apoio necessário aos blocos de rua. “Esse apoio é necessário para
garantir que Macau continue com um dos maiores carnavais do RN. O carnaval
acontecerá de todo jeito, pois é uma manifestação popular e essa tradição não
acabará de forma alguma”, disse.
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