As chuvas na região Nordeste devem ficar abaixo do normal
no período de março a maio de 2016. Essa é a conclusão da II Reunião de Análise
e Previsão Climática para o Nordeste Brasileiro que terminou nesta sexta-feira
(19) em Natal.
De acordo com os especialistas, a constatação foi feita
“diante de um quadro onde persiste o Fenômeno El Niño no Oceano Pacífico e um
Oceano Atlântico indefinido, além dos modelos de previsão climática apontarem
para chuvas abaixo do normal”.
Para Gilmar Bristot, meteorologista da Empresa de
Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn), as chuvas de janeiro - que foram acima do
previsto - criaram uma expectativa positiva nos sertanejos, mas a previsão é de
chuvas abaixo do normal. "Nós temos expectativa de chuva, mas abaixo do
nromal. No interior do Rio Grande do Norte, por exemplo, chove em média 700 mm,
e a previsão é de chuvas abaixo dessa média", explicou.
De acordo com a Emparn, a Zona de Convergência
Intertropical (ZCIT) é o principal Sistema Meteorológico responsável pela
ocorrência de chuvas no Nordeste. Ela é influenciada pelas variáveis
climáticas ligadas aos oceanos Pacífico e Atlântico. Para os meteorologistas,
"variáveis como a temperatura superficial, vento e pressão atmosférica
sobre os oceanos tem forte correlação com as chuvas que ocorrem durante os
meses de março a maio sobre a região Norte do Nordeste e, o seu monitoramento
possibilita a elaboração de prognósticos mais confiáveis em relação a
ocorrência de chuvas, tanto na questão da distribuição temporal como espacial”.
A próxima Reunião de Análise e Previsão Climática será realizada em Recife.
No Rio Grande do Norte, por causa da estiagem, 19 cidades
estão em colapso de abastecimento, quando a água só é fornecida por
carminhões-pipa. Outras 72 cidades estão em rodízio, ou seja, recebem água em
dias alternados.
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