A Petrobras deverá perfurar apenas 154 poços terrestres
no Rio Grande do Norte em 2016, uma redução de quase 60% em relação à
quantidade alcançada no ano passado. A informação foi colhida por diretores do
SINDIPETRO-RN, junto a gerentes da Construção de Poços Terrestres – CPT.
De acordo com
o gerente da CPT, Francisco Queiroz, a queda dos preços internacionais do
barril de petróleo e o endividamento da Companhia, agravado pela desvalorização
do Real frente ao Dólar, são os principais fatores responsáveis pela retração
da atividade.
Diante da
situação, afirma o gerente, aspectos como “expectativa de receita” e “dispêndio
em valor presente” passaram a ter importância ainda maior na decisão de
perfurar. A medida deverá impactar fortemente a atividade petrolífera em
âmbito local.
Segundo
Francisco Queiroz, a Petrobras mantém em atividade apenas cinco sondas próprias
de perfuração, em todo o Brasil. A partir de abril, ainda segundo Queiroz, esse
número será reduzido para três e, de setembro em diante, a expectativa é de que
nenhuma sonda própria seja operada pela Petrobrás.
Já, com
relação às sondas contratadas, o gerente avalia que “se a realidade atual se
mantiver, nenhum contrato deverá ser aditado”.
Para a
diretoria do SINDIPETRO-RN, o setor de petróleo e gás atravessa um momento
difícil, mas o ônus da situação não deve recair sobre os
trabalhadores. Segundo empresas de consultoria do setor, em todo o mundo,
mais de 300 mil empregos já foram eliminados por conta da queda do preço do
petróleo.
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