Somente nesta segunda feira, 12 dias depois de o
relator Edson Fachin anunciar que havia liberado para a pauta uma denúncia
contra Renan Calheiros, o processo finalmente chegou à presidência do STF.
Agora, cabe ao
presidente da corte, Ricardo Lewandowski, marcar a data da sessão que vai
analisar se o presidente do Senado virará réu numa ação penal por peculato por
supostamente ter usado um lobista de empreiteira para pagar pensão a uma filha
e posteriormente ter adulterado documentos para justificar os pagamentos.
O delay entre
o anúncio de que o caso, que explodiu em 2007 e está no Supremo desde 2013,
iria a julgamento e o envio do processo à presidência da Casa foi marcado por
extrema pressão nos bastidores.
Senadores e
ministros do STF relatam uma ação pesada de Renan para evitar que o caso vá a
plenário. Aliados do peemedebista dizem que ele avalizou a aprovação de Fachin
no Senado, uma das mais polêmicas nomeações para a corte.
O ministro,
que herdou a relatoria do caso Renan, se apressou em manda-lo a julgamento,
irritando o presidente do senado, que deve tentar recursos judiciais e muita
pressão política para postergar o julgamento.
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