O governador Robinson Faria (PSD) abriu a porta para união
com o rosadismo, grupo liderado pela ex-deputada federal Sandra Rosado (PSB).
O processo foi iniciado com a
indicação dos primeiros nomes para cargos do governo em Mossoró. O rosadismo
emplacou o comando do Ceduc na cidade, nomeando Maria Vaneide de Melo para o
cargo de diretora, com portaria publicada no Diário Oficial do Estado (DOE).
Trata-se de uma aliada de
todas as horas, do cafezinho à distribuição de santinhos nas ruas, e de dentro
da casa de Sandra. O gesto do governador faz
parte do processo de mudança de palanque no segundo maior colégio eleitoral do
Rio Grande do Norte, que deverá se consolidar no futuro.
Robinson decidiu que se
afastará do prefeito Silveira Júnior (PSD). Decisão exclusivamente política.
Ele é grato pelo apoio que recebeu de Silveira nas eleições de 2014, porém, a
companhia do prefeito é vista hoje como nociva ao seu projeto para 2018, quando
tentará a reeleição ou será candidato ao Senado Federal.
A impopularidade da gestão
municipal e a rejeição ao prefeito estão puxando para o degrau de baixo a
imagem do governo estadual e do governador.
A pesquisa Blog do BG/Consult,
divulgada na última sexta-feira, 26, revela que a gestão Robinson é condenada
por 50% dos mossoroenses, apenas um ano depois de o eleitor ter dado a ele
votação consagradora na cidade, sendo responsável por sua vitória nas urnas.
Então, é preciso sair de
perto. Dada a importância do segundo maior colégio eleitoral do Rio Grande do
Norte, Robinson tem a necessidade de um palanque forte para fazer frente aos
seus adversários.
O rosadismo abriu os braços
para recebê-lo, porque também precisa de um aliado forte. Como Sandra e a filha,
ex-deputada Larissa Rosado (PSB), sempre tiveram bom relacionamento político
com Robinson, desde a época em que ele era presidente da Assembleia
Legislativa, não houve resistência para o reencontro e não haverá para a
provável parceria política.
Também não há pressa, de lado
a lado, para a união se estabelecer já nas eleições municipais deste ano, uma
vez que o governador quer evitar se colocar em lado oposto ao do prefeito, por
questão de gratidão.
A travessia para o ambiente do
rosadismo Robinson fará depois de Silveira descer as escadarias do Palácio da
Resistência. Porém, se o prefeito continuar
com a estratégia de orientar aliados a bater no governo estadual, para
pressionar Robinson a cumprir compromissos reclamados por ele, a união com o
rosadismo pode ser antecipada, com efeito na sucessão municipal que se
avizinha.
Fonte: Cesar Santos
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