Os promotores Cassio Conserino, José Carlos Blat e
Fernando Henrique Araújo pediram a prisão preventiva do ex-presidente Lula junto com a denuncia que apresentaram nesta quarta (9) sobre o
tríplex em Guarujá (litoral de São Paulo), que teria sido preparado para a
família do petista.
Os promotores
alegam que a prisão de Lula é necessária para garantir “a ordem pública, a instrução
do processo e a aplicação da lei penal”. Eles apontam que, em liberdade, Lula
pode destruir provas e agir para evitar determinações da Justiça. O pedido
corre sob segredo de Justiça em São Paulo.
O
ex-presidente é acusado de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, crimes
que podem render de 3 a 10 anos de prisão e de 1 a 3 anos, respectivamente. Sua
mulher, Marisa Letícia, e um dos filhos do casal, Fábio Luís Lula da Silva,
também são acusados de lavagem de dinheiro.
O pedido de
prisão se estende ainda ao ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, ao ex-tesoureiro
do PT João Vaccari Neto, a dois executivos da OAS (Fábio Hori Yonamine, diretor
financeiro da empresa, e Roberto Moreira Ferreira, diretor da empreiteira que
comprou a cozinha de luxo do apartamento na Kitchens), à ex-diretora da Bancoop
(Ana Maria Érnica) e ao ex-presidente da entidade (Vagner de Castro).
A Bancoop é a
cooperativa habitacional do Sindicato dos Bancários que funcionou até 2009 e,
após sua quebra, transferiu as obras inacabadas para a OAS, entre as quais o
edifício Solaris, em Guarujá.
O caso será
analisado pela juíza Maria Priscilla Ernandes Veiga Oliveira, da 4ª Vara
Criminal de São Paulo. Ainda não há um dia certo para a Justiça decidir sobre o
caso.
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