Manifestantes estiveram ontem (18), na Avenida Paulista,
para protestar contra o impeachment da presidenta Dilma Roussef e em defesa da
democracia. Desde as 17h30, os participantes se reuniram em frente ao Museu de
Arte de São Paulo (Masp) e se espalharam pela avenida.
Vestidos predominantemente de
vermelho, o público carregou bandeiras vermelhas, bexigas e faixas que
pediam democracia e repudiavam o golpe, referindo-se ao impeachmentde Dilma. A palavra
de ordem mais gritada na manifestação, convocada pela Frente Brasil Popular,
foi “não vai ter golpe”.
A presença de jovens no protesto foi notável, porém havia
pessoas de diversas faixas etárias. O estudante João Carlos Martins, 20, acredita
que o país está “à beira de um caos, de uma guerra civil”, caso haja impeachment. “Eu vim para a
defesa da democracia no país, que está sendo afetada por pessoas que não
aceitam a eleição que teve no passado”, disse. Ele lamentou ainda a
intolerância e o ódio que se vê nas ruas por divergências políticas. “As
pessoas nem podem mais andar vestidas com roupa vermelha na rua que são
espancadas”.
Renato Zapata, jornalista,
criticou a política desenvolvida pelo governo atualmente, no entanto,
manifestou-se “em defesa da democracia, contra o que temos visto esses dias, as
pessoas agredindo as outras só porque elas estão de vermelho”. Ele é contra o impeachment e acredita que isso significaria um
golpe. “Hoje o governo precisa ser
defendido em relação ao meu voto, ao voto de todo mundo. As pessoas vêm para
defender seu voto e não o governo em si”, disse ao explicar que a questão não é
simplesmente partidária.
O pesquisador Alexandre Ferro
Otsuka, disse que foi à Avenida Paulista em defesa da democracia. “O que o juiz Sérgio Moro está fazendo no Judiciário, ignorando as leis, passando por
cima do processo jurídico que deveria ser feito, coloca em risco nosso Estado
de Direito e a nossa democracia”, avaliou.
Segundo levantamento da
Polícia Militar, 80 mil pessoas estavam presentes na manifestação às 18h45,
horário considerado de pico pela corporação.
Diversas entidades apoiaram o
ato de hoje, entre elas a Central Única dos Trabalhadores; Central de
Trabalhadores do Brasil (CTB); Frente Brasil Popular; sindicatos, como
bancários e professores; e Movimento dos Trabalhadores Sem Terra.
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