A discussão sobre uma eventual redução nos preços de
diesel e gasolina pela diretoria da Petrobras, conforme notícias veiculadas na
imprensa, provocou mal-estar entre integrantes do conselho de administração. A
avaliação de alguns conselheiros é que o colegiado tem posição “afinada com o
mercado” e a redução de preços abalaria a estratégia da companhia para
reconquistar credibilidade.
A decisão cabe à diretoria,
mas alguns integrantes do conselho criticaram não ter participado das
discussões sobre o tema. No domingo, 3, alguns integrantes trocaram mensagens
questionando a decisão pela redução de preços, veiculada na imprensa.
“A Petrobras, em função de seu
caixa, tem que maximizar o retorno com seus produtos. Esta é a filosofia e
recomendação do conselho. Maximizar sem expor a companhia à competição que pode
ser desvantajosa”, ponderou um conselheiro.
Segundo o conselheiro, a
tomada de decisão “operacional” não pode depender do conselho, pois demanda
agilidade. Ainda assim, o conselho deveria ter sido consultado para avaliar se
a redução de preços condiz com a estratégia de longo prazo da companhia, de
recuperação de credibilidade junto ao mercado.
A avaliação da diretoria,
entretanto, é que há margem para redução de preços neste ano em função da
desvalorização do dólar e da queda nas vendas de combustíveis nos primeiros
meses do ano. Em janeiro e fevereiro, as vendas caíram 11%, ante uma base já
reprimida em 9% em 2015.
Fonte: Portal no Ar
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