Uma verdadeira rebelião de deputados e deputadas,
principalmente por parte das parlamentares, levou à suspensão da sessão
plenária desta quarta-feira 27), com muitos protestos contra o presidente da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). A confusão teve início quando Cunha não acatou
pedidos de verificação nominal de um projeto e declarou rejeitado o requerimento
de retirada de pauta da matéria. A proposição cria comissões permanentes,
reunindo no colegiado destinado às mulheres outras categorias sem relação
direta com o propósito original.
Diante da
postura de Cunha, que não deu ouvidos aos apelos das deputadas, um grupo de
parlamentares ocupou a Mesa Diretora e as duas tribunas diametralmente opostas
do plenário. Um grupo de deputadas impediu, dessa maneira, que o deputado João
Campos (PSDB-GO), aliado de Cunha, pudesse usar um dos microfones e dar
continuidade à sessão – o peemedebista se mantinha decidido a aprovar a
matéria.
“Vou suspender
por cinco minutos a presente sessão para que acalmem e cheguem ao consenso”,
declarou o deputado, diante do protesto de cerca de 30 deputados e deputadas,
aos gritos de “não” e “fora, Cunha”. Nesse momento, ele já estava rodeado por
diversas deputadas – de dedo em riste contra Cunha, Moema Gramacho (PT-BA) era
uma das mais exaltadas e, quando o deputado se levantou para ir à reunião de
líderes no gabinete da Presidência, ocupou a cadeira central da Mesa.
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