O procurador-geral da República, Rodrigo
Janot, disse que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, é alvo de
mais seis inquéritos por fatos distintos, além das duas denúncias que tramitam
no Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito das investigações da Operação Lava
Jato.
A situação de Cunha foi tratada
pelo procurador na manhã de ontem (22), durante palestra para alunos brasileiros
do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, da Universidade de Cambridge, nos
Estados Unidos.
De acordo com o procurador,
dois dos seis inquéritos abertos para apurar fatos distintos em relação a Cunha
estão em fase avançada e deverão “rapidamente” virar duas denúncias ao Supremo.
Perguntado por um aluno
brasileiro sobre o papel da procuradoria para acelerar a ação na qual pediu ao
STF afastamento de Cunha do cargo de presidente da Câmara, Janot respondeu que
“o problema está com o Supremo”.
Em dezembro do ano passado,
Janot pediu ao STF o afastamento de Cunha. O relator é o ministro Teori
Zavascki, que ainda não tem data para liberar o processo para julgamento.
Para justificar o pedido, o
procurador citou 11 fatos que comprovam que Cunha usa o mandato de deputado e o
cargo de presidente da Casa “para intimidar colegas, réus que assinaram acordos
de delação premiada e advogados”.
No mês passado, o Supremo abriu
ação penal contra Eduardo Cunha. Seguindo o voto do relator, ministro Teori
Zavascki, a Corte entendeu que há indícios de que Cunha recebeu US$ 5 milhões
de propina por um contrato de navios-sondas da Petrobras.
Na defesa, o advogado Antonio
Fernando Barros disse que a denúncia apresentada pelo Ministério Público
Federal contra o deputado “não reúne condições para ser admitida”.
Fonte: Agência Brasil
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