O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori
Zavascki determinou nesta quinta-feira (5) o afastamento do presidente da
Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do mandato de deputado federal.
Relator da Lava Jato, o ministro concedeu uma liminar em
um pedido de afastamento feito pela Procuradoria-Geral da República. e apontou
11 situações que comprovariam o uso do cargo pelo deputado para “constranger,
intimidar parlamentares, réus, colaboradores, advogados e agentes públicos com
o objetivo de embaraçar e retardar investigações”. Na peça, o procurador-geral
da República, Rodrigo Janot, chegou a classificar o peemedebista de
“delinquente”.
O peemedebista foi transformado em réu no STF, por
unanimidade, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro sob a acusação de
integrar o esquema de corrupção da Petrobras, tendo recebido neste caso US$ 5
milhões em propina de contratos de navios-sonda da estatal.
Na Lava Jato, o deputado é alvo de outra denúncia, de
mais três inquéritos na Corte e de outros três pedidos de inquéritos que ainda
aguardam autorização de Teori para serem abertos. As investigações apuram o
recebimento de propina da Petrobras e o uso do mandato para supostas práticas
criminosas.
“Ante o exposto, defiro a medida requerida, determinando
a suspensão, pelo requerido, Eduardo Cosentino da Cunha, do exercício do
mandato de deputado federal e, por consequência, da função de Presidente da
Câmara dos Deputados”, diz trecho da decisão.
Cunha será substituído por outro investigado na Lava
Jato, o deputado Waldir Maranhão (PP-MA).
Fonte: A Folha
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