Em reunião na manhã desta segunda-feira, o presidente
interino Michel Temer decidiu manter nos cargos três pmdbistas envolvidos em
denúncia e desgastes nos últimos dias: Eduardo Alves (Turismo), Fábio Osório
(AGU) e Fátima Pelaes (Secretaria de Mulheres). Apesar de aparecer em
matéria do jornal “Folha de S.Paulo” como receptor de recursos do petrolão, o
ministro Henrique Eduardo Alves permanecerá no comando do ministério do
Turismo. Na avaliação do presidente, as informações publicadas são “antigas”. Henrique
Alves já responde a inquérito no STF por eventual envolvimento na Operação
Lava-Jato. Terá que sair do governo se o inquérito apontar que tem culpa.
Quanto ao
advogado-geral da União, Fábio Medina Osório, o presidente interino ficou
incomodado com sua atuação nos últimos dias, mas resolveu conversar com o
auxiliar e definir um “acordo de procedimento”. Temer não gostou do advogado
não ter atuado para impedir a volta do presidente da EBC, escolhido pela
presidente afastada Dilma Rouseff. O ministro do STF Dias Toffoli concedeu
liminar a Ricardo Melo, determinando sua volta ao posto de presidente da EBC
porque não teria sido feita a defesa do governo Temer na nomeação do jornalista
Laerte Rímoli para o mesmo posto.
Outro problema no
horizonte do governo era a nomeação de Fátima Pelaes para a Secretaria de
Mulheres. Ela foi escolhida por Temer na semana passada, mas está sendo
investigada por desvio de recursos de emendas parlamentares no âmbito da
Operação Voucher. O presidente interino vai mantê-la no cargo, porque análise
feita pela Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e concluída na manhã desta
segunda-feira apontou que ela não tem problemas legais que a impeçam de atuar
na pasta.
(Agência O Globo)
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