BRASÍLIA Há exato um mês no comando interino do país,
Michel Temer confidenciou a aliados ter a impressão de que já se passaram anos.
Nos primeiros dias, governando sob intensa pressão, demitiu dois ministros;
enfrentou grampos com diálogos pouco republicanos envolvendo a cúpula de seu
partido, o PMDB; descumpriu promessas; e enfrentou protestos que chegaram à
porta de sua casa, em São Paulo.
Nesses 30 dias, o peemedebista buscou
administrar cobranças e, na maioria das vezes, teve que ceder pela percepção
elementar de que seu governo não é um governo de fato, mas interino. E,
ironicamente, apesar da pressão, a decisão no Planalto é seguir nessa toada. Ao
menos até agosto, quando ocorrerá no Senado o julgamento final do impeachment
da presidente afastada Dilma Rousseff, Temer decidiu entrar no jogo do
Congresso e engolir muitos sapos, construindo as alianças necessárias para garantir
sua permanência definitiva.
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