A disparada de preços do feijão carioca levou o consumo
do produto a cair quase 50% nos supermercados do Rio Grande do Norte e tem
aumentado a procura por outros tipos do grão, como o feijão preto e o
macassar. As informações são do economista e diretor da Associação dos
Supermercados do estado (Assurn), Eugênio Medeiros.
Ele avaliou a decisão do governo de zerar temporariamente o imposto de
importação como “uma boa iniciativa”, mas inócua. A medida foi
efetivada como forma de baratear o produto. “É uma boa iniciativa, mesmo
porque o Governo tem poucas alternativas. Mas não resolve”, analisa, estimando
que o preço deve baixar em até três meses, em decorrência, porém, de outro
fator. “Com alta procura e o preço elevado, o produtor de outras culturas deve
migrar para o cultivo de feijão. E com o crescimento de oferta e a procura se
mantendo, a tendência é que o preço caia e volte ao patamar entre R$ 5 e R$ 6”,
destaca.
Medeiros explica que o Mercosul – visto pelo governo como
potencial fornecedor para o Brasil – não têm tradição no consumo de feijão e
não existe oferta em quantidade ou na variedade consumida pelo brasileiro. “Na
época do Plano Cruzado, o Brasil importou feijão desses países e era um feijão
parecido com “faveta”. Não há o feijão preto e o carioca”, afirma. A
isenção do imposto aprovada, segundo o economista, valeria em caso de
compra do produto na China e no México. Nesse caso, porém, “até fechar acordo,
efetuar a compra, carregar e trazer para o Brasil leva em torno de uns 90
dias”. “Até lá a demanda está resolvida”
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