O processo de cassação de mandato do deputado estadual
Manoel da Cunha Neto, o “Souza” (PHS), volta à pauta do Tribunal Regional
Eleitoral (TRE-RN) na semana que entra. Ele responde por crime de abuso de
poder econômico (artigo 41.º da lei 9.504/97).
Souza foi eleito com pouco
mais de 20 mil votos, tendo como base eleitoral a região de Mossoró, mesmo
assim, sob suspeita de se beneficiar de estrutura alheia à lei.
Se a Justiça Eleitoral
abreviar o seu mandato pouca diferença fará à região que lhe confiou o voto.
Até aqui a sua atuação parlamentar é sofrível sob todos os aspectos, mas,
principalmente pela ausência de ação nos grandes temas de interesse da
população de Mossoró e da Costa Branca, onde se concentrou a maior densidade da
sua votação.
A promessa de assumir o papel
de “deputado dos mossoroenses” não se concretizou. Na verdade, uma grande
decepção. A pouca produtividade de Souza
nesses 17 meses de mandato expõe, de forma bem clara, o tamanho do prejuízo de
Mossoró não ter renovado o mandato de seus representantes natos (ex-deputados
Leonardo Nogueira e Larissa Rosado) ou de eleger candidatos com origem na
cidade.
O mesmo erro se estende ao
deputado Galeno Torquato (PSD), que aqui recebeu mais de 13 mil votos e sequer
tem andado na cidade. Aliás, Torquato, além de não fazer nada pelos
mossoroenses, ainda costuma falar que pagou antecipado por cada voto recebido
na Terra de Santa Luzia.
Essa decepção deve servir para
o eleitor refletir na hora de sufragar um nome na urna. Abrir mão de legítimos
representantes, por algum favor ou bondade de momento, é colaborar com o risco
de a cidade ficar indefesa no poder. O prejuízo é enorme.
Veja que a atual legislatura
da Assembleia Legislativa não tem um deputado para lutar por Mossoró. Nenhuma
voz se levanta em defesa de melhorias na saúde, educação, social,
infraestrutura, desenvolvimento econômico, etc. etc. etc..
Bem diferente de antes. Por
cinco décadas a cidade teve representantes no Legislativo estadual, chegando a
contar com até quatro mandatos na mesma legislatura. O grito da terra estava
presente para dizer ao Rio Grande do Norte que a segunda maior cidade do Estado
deveria ser tratada com respeito e receber os benefícios de acordo com a sua
importância.
Fica a lição, não só para
aqueles que vibraram com a não reeleição de um mossoroense, mas sim para toda a
população que daqui a pouco será chamada para escolher outra vez os seus
representantes.
Valorize o voto, respeite a
sua terra.
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