Em reportagem publicada neste sábado (18), o jornal “O
Estado de S.Paulo” (Veja AQUI ), informou que a Suíça localizou conta de Alves e que os
valores foram bloqueados naquele país. A TV Globo apurou que os dados foram
recebidos pelas autoridades brasileiras e originaram a denúncia.
A
investigação, iniciada na Suíça e transferida para o Brasil, identificou uma
conta ligada a Alves com saldo de 800 mil francos suíços – cerca de R$ 2,8
milhões.
A
transferência da investigação foi realizada para autoridades
brasileiras nos mesmos moldes como ocorreu com o presidente afastado da
Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ, após a Suíça identificar contas
ligadas ao deputado, à mulher dele e uma das filhas.
Como Henrique
Alves não pode ser extraditado para a Suíça para responder a processo porque é
brasileiro nato, a transferência do caso para o Brasil assegura a continuidade
da investigação.
Ele já era
alvo de dois pedidos de abertura de inquérito no Supremo. Um deles pede a
inclusão do nome dele no principal inquérito da Lava Jato, o que apura se
existiu uma organização criminosa para fraudar a Petrobras.
O outro pedido
é baseado em mensagens apreendidas no celular do ex-presidente da OAS José
Adelmário Pinheiro, o Léo Pinheiro, nas quais o empreiteiro trata com Eduardo
Cunha de doações a Henrique Alves – a suspeita é de que Alves tenha recebido
dinheiro desviado da estatal em forma de doação oficial para campanha.
A denúncia
feita pela Procuradoria Geral da República teria ocorrido em um procedimento já
instaurado, que apurava outros fatos, que não a existência das contas na Suíça.
No entanto, os elementos que chegaram foram suficientes para embasar uma
acusação formal contra o ex-ministro pos crimes tributários e lavagem.
Como Henrique
Alves deixou o governo e perdeu o foro privilegiado, terá que ser analisado
agora se o caso continuará no Supremo ou se será enviado à primeira instância.
Fonte: Vladimir Netto e Mariana Oliveira Da TV Globo, em Brasília
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