O presidente interino Michel Temer admite que a CPMF
(Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) pode voltar e que o
limite de idade para a aposentadoria poderá aumentar. As declarações foram
feitas em entrevista veiculada na noite desta quinta-feira (2) ao Jornal do
SBT, concedida ao jornalista Kennedy Alencar.
“Ou a
Previdência Social tem de ser reformulada, ou então todos os pensionistas
sofrerão”, disse o presidente, que acredita que a questão da idade mínima e o
tempo de contribuição precisarão ser modificados, tanto para a iniciativa
privada como para os servidores públicos. “Não queremos prejudicar aqueles que
já estão no mercado de trabalho. Podemos estabelecer regras de transição. Se o
prazo é de 35 anos, talvez quem tenha, sei lá, 15, 20 anos [de contribuição]
tenha que contribuir mais um ano, por exemplo. Mas isso é benefício do próprio
cidadão”.
Sobre a CPMF,
ele afirmou que a volta do imposto não está descartada, mas que seu governo
tentará ao máximo evitar recorrer a esse expediente. “Descartado aumento de
imposto não está, se for necessário, farei. Tentaremos evitar. Se vier, será
necessariamente temporário”, disse o presidente interino.
Em relação à
herança que recebeu da presidente afastada, Dilma Rousseff, Temer disse que
encontrou um panorama bastante complicado, com o desemprego em alta, com 11 milhões
de pessoas sem trabalho, e um déficit orçamentário de R$ 170 bilhões. “Ainda
bem que o Congresso aprovou novas metas fiscais, assim o governo poderá
continuar operando.”
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