Um grupo de pesquisadores do Instituto de Biologia
Regenerativa e de Células Tronco, em Bangalore, na Índia, encontrou uma nova
fonte alimentícia, um superalimento, um produto rico em proteínas, gorduras e
açúcares: o leite de barata. E, não, não é notícia do sensacionalista.
Antes, claro, é preciso dizer
que as baratas não são mamíferos, mas algumas espécies do inseto produzem um
tipo de secreção que é usada para alimentar as crias. Os pesquisadores indianos
descobriam que a espécie Diploptera punctata desenvolve as larvas dentro
de uma estrutura orgânica equivalente a um útero, com isso o embrião é
alimentado por um composto de proteínas, gorduras e açúcares.
Segundo os cientistas, o
primeiro grande entrave foi obter a substância em uma quantidade possível de
ser analisada cientificamente. Só para isso, os pesquisadores indianos
passaram 54 dias trabalhando para conseguir uma porção razoável do
líquido.
O estudo mostrou que a
substância tem quatro vezes o valor nutricional do leite de vaca. Além disso, o
tipo de proteína obtido neste tipo de leite demora a ser digerido pelo
organismo.
Contudo, os cientistas já
descartaram qualquer hipótese de realizar estudos para viabilizar “ordenha” de
baratas. A produção em grande escala é algo inviável. Os indianos estudam, no
entanto, o sequenciamento das proteínas do leite da Diploptera punctata. A
ideia é conseguir uma espécie de fórmula sintética do leite de barata.
Um dos participantes do
projeto experimentou o leite do inseto e afirmou que o gosto “não é nada
de especial”.
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