O presidente Michel Temer causará um dano muito grave à economia brasileira se fraquejar, cair em tentação e aceitar o ressurgimento do chamado imposto do cheque, oficialmente conhecido como CPMF, a famigerada Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira.
Líderes do PT jamais deixaram de lamentar o fim dessa aberração tributária, extinta em 2007. Com frequência atribuíram os problemas do setor de saúde, nos últimos anos, à perda desse dinheiro, embora jamais o tenham empregado integralmente nessa área. Conseguir no Congresso a recriação desse tributo era parte do programa fiscal do governo afastado em abril.
O novo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, nunca rejeitou explicitamente essa ideia. Isso preocupa. O programa de ajuste ainda pode incluir um aumento da tributação, como admitiu o ministro, e falta saber se o governo estará disposto a recorrer ao pior dos tributos da história da República.
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