O maior gasto
médio por voto possível nas eleições de 2016 no Rio Grande do Norte será com os
eleitores de Viçosa, cidade que fica a 373 quilômetros de Natal, tem população
de 1.714 habitantes e 1.832 eleitores. Na cidade, um candidato a prefeito
poderá gastar até R$ 58,97 com cada eleitor. Lá, como para outros 127 municípios
potiguares, o limite de gastos para candidatos a prefeito será de R$ 108.039,06.
O fato de possuir o menor eleitorado do Rio Grande do Norte, mas contar
com limite de gastos mínimo para cidades com menos de 10 mil habitantes,
resulta nessa "distorção matemática". Para dar uma ideia disso basta
comparar com a cidade que possui maior eleitorado.
Natal, Com 534.582 eleitores e limite gastos para prefeito fixado em R$
5.490.293,93, a média por eleitor na capital fica em R$ 10,27. Ou seja: em
Viçosa, os candidatos a prefeito poderão gastar quase seis vezes mais por
eleitor do que em Natal.
Em Mossoró, segunda cidade com maior limite de despesas, o gasto per
capita levando em consideração o eleitorado será de R$ 17,67. Em Parnamirim,
terceira com maior limite, o gasto por eleitor fica em R$ 10,98. Em
Ceará-Mirim, quarta cidade no ranking, o gasto per capita fica em R$ 11,84.
Situação semelhante à de Viçosa ocorrerá em outros 3.793 municípios
brasileiros com menos de 10 mil eleitores. A nova regra prevê um limite máximo
de R$ 108 mil em despesas eleitorais para os candidatos a prefeito, conforme
divulgado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Esse limite é,
proporcionalmente ao número de eleitores, quase duas vezes maior do que a média
estabelecida para as cidades grandes, onde há disputa de segundo turno. No caso
do Rio Grande do Norte, 128 cidades tiveram limite fixado em R$ 108.039,06 para
prefeitos.
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