Uma extensa área plana, praticamente uniforme
(com menos de 2% de declive), de solo fértil, com boa reserva de água e clima
semiárido, caracterizado por baixos índices de umidade e pouco volume
pluviométrico. Essas são as condições que fazem de Apodi o cenário propício
para o desenvolvimento da fruticultura irrigada. A região está sendo vista como
um novo celeiro para a produção de frutas frescas, inclusive espécies que estão
muito associadas a climas temperados.
“Acreditamos que é a diversificação de
cultura é uma saída. A região de Apodi tem grandes possibilidades, pelo seu
potencial, tradição e recursos hídricos, de se tornar um celeiro da
fruticultura irrigada também”, explica o gerente do Escritório Regional do
Sebrae no Médio Oeste, Franco Marinho, que também é gestor do projeto de
Fruticultura e Agroindústria da instituição. O projeto atende 800 fruticultores
potiguares e estimula a implantação de unidades de processamento de polpas já
são dez unidades no Oeste e Médio Oeste. Agora, estimula o cultivo de frutas
que têm alta demanda de mercado e preços estáveis, como é o caso da uva,
maracujá e as frutas cítricas.
Em parceria com instituições de ensino e pesquisa, o
Sebrae verifica a viabilidade dessas culturas na região de Apodi, que desponta
como a nova fronteira agrícola do estado, principalmente em função da grande
oferta de água e solos férteis, que favorecem a fruticultura irrigada. É o que
pensa também o professor doutor Django Jesus Dantas, que participa do programa
de pós-graduação em fitotecnia da Universidade Federal Rural do Semiárido
(Ufersa).
Para ele, existência de um aquífero de água subterrâneas muito grande
na região (o arenito Assú) associado ao projeto de integração do rio São
Francisco, que levará água para perímetro de irrigação da ordem de 8 mil
hectares, e a solos férteis podem tornar Apodi o novo polo fruticultor do Rio
Grande do Norte. “Temos aqui um aquífero com grande capacidade de água
subterrânea, solos de alta fertilidade, proximidade com portos, que favorece a
exportação, e abundante mão de obra”, aponta o professor.
As oportunidades que
despontam nesse segmento foram apresentadas no seminário ‘A Fruticultura
Irrigada no Médio Oeste’, realizado pelo Sebrae no Rio Grande do Norte em
Apodi, na semana passada para discutir com produtores locais, especialista e
governos os desafios para tornar a região um polo produtor de frutas tropicais.
“A fruticultura é uma atividade importante para o estado pela geração de
emprego e divisas. Por isso, o Sebrae vê essa atividade como prioritária e atua
com agregação de valor, através de cooperativas e associações de pequenos
produtores que fazem esse processamento”, justifica Franco Marinho.
0 comentários:
Postar um comentário