"Tudo isso que estamos passando é resultado de anos
de descaso, de falta de atenção e de investimentos em segurança pública.
Chegamos ao fundo do poço e agora, aos poucos, estamos começando a sair
dele". É assim que o secretário de Segurança Pública e Defesa Social do
Rio Grande do Norte (Sesed) define a onda de ataques criminosos que atingiu o
Estado na última semana.
General da reserva do Exército Brasileiro, Lundgren está
há menos de quatro meses à frente da Sesed. "É bom frisar que essa onda de
ataques só começou porque o Estado, enfim, decidiu retomar o controle dos
presídios". Ele explicou como foi planejada essa retomada: "Em junho,
por ordem do governador Robinson Faria, em uma reunião aqui mesmo na Secretária
de Segurança, decidimos, eu e o secretário Wallber [Virgolino, titular da
Secretaria de Justiça e Cidadania], que era hora de fazer isso. Sabemos que os
cabeças de facções, mesmo presos, comandavam o crime aqui fora. Tínhamos que
instalar os bloqueadores para poder controlar a situação".
O secretário disse que, por mais de dois meses, foi
elaborado um "plano estratégico" para conter a reação dos criminosos
à instalação de bloqueadores de celular. "O Estado começou pela
Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP), na quinta-feira (28), a eliminar os
escritórios do crime. Já nesse mesmo dia, ficamos de prontidão. Na sexta, assim
que soube do ataque a um micro-ônibus em Macaíba, determinei que fosse iniciada
a Operação Guardião. Essa ação, que envolve todos os órgãos de segurança
pública que atuam no Rio Grande do Norte, tem por objetivo minimizar a reação
dos criminosos. Avalio, após esse período, que nosso planejamento foi
suficiente".
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