Os governadores de pelo menos 14 estados do Norte e
Nordeste avisaram ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que entrarão em
estado de calamidade pública em até duas semanas caso o governo não apresente
uma solução em separado para a crise financeira desses locais. Eles deixaram
claro ainda que possuem uma bancada grande no Congresso Nacional e que estão
dispostos a pressionar pela causa em votações importantes. O ministro reafirmou
o discurso dos últimos meses: não há espaço fiscal para uma ajuda extra.
Esses governos regionais demandam por uma ajuda extra da
União por meio da compensação das perdas do Fundo de Proteção aos Estados
(FPE). Eles argumentam que o projeto de lei que renegocia as dívidas dos
estados com a União e alonga os pagamentos por 20 anos, que já está no
Congresso Nacional, não os auxilia, uma vez que essas regiões têm dívidas
baixas.
O secretário de Fazenda do Rio Grande do Norte, André Horta,
explica que os estados já estão com sérias dificuldades financeiras a vários
meses e só não decretaram calamidade ainda porque esperavam um auxílio pela
União.
Os estados já estão em calamidade. Só seguraram o decreto
para não complicar ainda mais a situação do governo. Viemos apresentar essa
situação para que o governo decida o que vai fazer sobre isso — disse.
O governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), disse que a
medida é uma forma de pressionar o governo federal: Seria péssimo para o país, mas nós precisamos de uma
resposta, declarou.
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