Não está fácil a vida dos tucanos. Um dia depois de vir à
tona a denúncia de que José Serra recebeu da Odebrecht R$ 23 milhões em propina
por meio de uma conta na Suíça, o fogo é disparado contra outro cacique do PSDB
que visa a presidência da República.
Reportagem da revista Veja neste fim de semana aponta que
o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), também é citado na delação
da maior empreiteira do País e confirma que Alckmin é o “Santo” das planilhas
da construtora.
A ele, foram pagos R$ 500 mil em duas parcelas, a pedido
de um diretor de contrato da Odebrecht que era responsável pelas obras na Linha
4 do Metrô, de acordo com planilha obtida pela Polícia Federal na 35ª fase da
Operação Lava Jato.
O documento aponta repasse de propina da Odebrecht a
governos de vários partidos e todas as esferas em diversas obras no Brasil,
entre elas o aeroporto Santo Dumont, no Rio de Janeiro, que é governado pelo
PMDB, e o Rodoanel e o Metrô em São Paulo.
No início de outubro, a revista Carta Capital já havia
sugerido que “Santo” fosse o governador. Na ocasião, a revista cobrou a Lava
Jato pelo fato de que, desde março, quando o codinome apareceu pela primeira
vez, como beneficiário na obra da duplicação da Rodovia Mogi-Dutra, “já foram
deflagradas dez fases da Lava Jato e a Polícia Federal ainda não conseguiu
identificar qualquer um dos codinomes mencionados”.
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