Olho D'água do Borges/RN -

Governistas tentam pedir anulação da delação de ex-diretor da Odebrecht


Após a revelação da delação premiada do ex-executivo da Odebrecht Cláudio Melo Filho, que arrastou as cúpulas do Palácio do Planalto e do PMDB do Senado para o centro da Lava-Jato, peeemdebistas avaliam a possibilidade de pedir a anulação da delação por ter sido vazada antes mesmo da homologação pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
No sábado, menos de 24 horas depois da divulgação do conteúdo do depoimento de Melho Filho à Procuradoria Geral da República, o procurador-geral Rodrigo Janot criticou o vazamento e anunciou rigorosa investigação.
Além de discutir os efeitos da denúncia e traçar uma reação a ela, o presidente Michel Temer está preocupado que a delação afete a votação das medidas de ajuste fiscal em tramitação no Congresso.
Em reunião, no fim da tarde deste domingo, no Jaburu, como antecipou o Blog do Moreno, Temer quer mostrar que o governo não ficou paralisado diante das denúncias da Odebrecht e quer garantir a aprovação da PEC do teto e da LDO de 2017, e do Orçamento se houver tempo, nesta última semana de trabalho do Legislativo.
Segundo integrantes do Palácio do Planalto, a prioridade é aprovar o projeto que limita os gastos públicos na terça-feira, dia 13, e, sem seguida, a LDO, em sessão do Congresso. O texto principal da LDO foi aprovado em agosto deste ano, mas faltam três destaques. A preocupação do Planalto é que sem a lei de diretrizes orçamentárias não há regras que permitam gastos no ano que vem, além de fixar a meta fiscal de um déficit da União em R$ 139 bilhões.
Temer anda irritado com a má comunicação do governo e quer reforçar respostas a delações e a críticas às medidas do governo, como a PEC do Teto, que foi apelidada pela oposição de “PEC da morte” e a Reforma da Previdência.

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