O MPE (Ministério Público Eleitoral) encontrou “fortes
traços de fraude e desvio de recursos” ao analisar as informações da quebra do
sigilo bancário das gráficas Red Seg Gráfica, Focal e Gráfica VTPB, contratadas
pela chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer nas eleições presidenciais de
2014.
O
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) analisa se houve abuso de poder político e
econômico na chapa Dilma/Temer no âmbito de um processo que pode levar à
cassação do peemedebista e à realização de eleições indiretas em 2017 – se a
cassação ocorre na primeira metade do mandato, a eleição é direta.
As
informações são do Estado de S.Paulo.
“Em
outubro, o relator do processo, ministro Herman Benjamin, determinou a quebra
do sigilo bancário das gráficas e de seus sócios. A Corte Eleitoral montou uma
força-tarefa com representantes da Polícia Federal, da Receita Federal e do
Conselho de Controle de Atividades Financeiras para analisar as movimentações
financeiras obtidas com a quebra do sigilo bancário.
As
informações foram então analisadas pela Polícia Federal, responsável pela
elaboração de um relatório que foi submetido à análise do Ministério Público
Eleitoral em 30 de novembro.
Em
manifestação encaminhada ao TSE, o Ministério Público Eleitoral afirmou que “há
fortes traços de fraude e desvio de recursos que foram repassados às empresas
contratadas pelo Comitê Eleitoral”.
Na
avaliação da força-tarefa do TSE, o relatório da Polícia Federal reforçou as
conclusões obtidas com a perícia contábil realizada anteriormente nas gráficas,
que já havia encontrado problemas na emissão de notas fiscais e na
subcontratação de outras empresas para o fornecimento de bens e serviços à
chapa presidencial eleita em 2014.”
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