O presidente Michel Temer não vai ter coragem de levar
adiante a reforma da Previdência no modelo que está sendo formatado.
Pode até receber o aval do Congresso Nacional, mas já
começa a entender que não convence a população.
Duvido que qualquer familiar, tanto do presidente quanto
de qualquer parlamentar – da Câmara ou Senado – concorde com o voto favorável à
PEC que está em discussão neste momento.
A rejeição que começa em casa deverá deseleger muitos detentores de mandatos que
tentarão se reeleger no próximo ano.
O preço é alto para quem tem em seus planos, seguir a
‘carreira’ de político.
Já começando a botar os pés no chão, o presidente já sinaliza com alterações no
projeto e a ordem é amenizar.
Temer e o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles,
admitiram reduzir o tempo de contribuição para a aposentadoria dos 49 anos
proposto na emenda constitucional por um período menor.
A sinalização foi dada durante encontro com um grupo de deputados governistas
ontem no Palácio do Planalto.
“Esse tempo de contribuição é um exagero. Poucas pessoas conseguirão cumprir”,
disse o deputado Reinhold Stephanes (PSD-PR), que foi ministro da Previdência
nos governos Fernando Collor e Fernando Henrique.
Staphanes é um dos maiores especialistas no tema e já avisou a Temer e a
Meirelles que, como chegou ao Congresso, a proposta do governo não será
aprovada, nem mesmo na comissão especial que discute o assunto.
O deputado propõe 45 anos de contribuição. “O tempo de contribuição de 49 anos
como exigência básica para as aposentadorias só faz sentido do ponto de vista
das finanças públicas”, alerta Stephanes.
Fonte: Thaisa Galvão
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