Políticos investigados e citados na
Operação Lava Jato ocupam cargos de destaque no comando de 9 dos 10 partidos
com maiores bancadas na Câmara dos Deputados, aponta levantamento feito pelo
Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.
Esses dirigentes terão influência na
definição dos candidatos que integrarão as listas partidárias fechadas, caso
esse forma de votação para eleição de deputados federais, estaduais e
vereadores seja aprovado pelo Congresso. Todos negam qualquer irregularidade.
A lista fechada vem sendo articulada
pelos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício
Oliveira (PMDB-CE), com aval do presidente Michel Temer e do presidente do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes. Nesse sistema, o
eleitor vota no partido, cuja cúpula definirá uma lista ordenada dos candidatos
que serão eleitos. A sigla que tiver mais votos conseguirá o maior número de
cadeiras, que serão ocupadas pelos primeiros da lista. Hoje, o eleitor vota
diretamente no candidato.
Para facilitar a aprovação do novo
sistema, que enfrenta certa resistência no Congresso, Maia e Eunício querem
estabelecer uma "regra de transição" para as eleições de 2018. A
ideia é que os atuais deputados tenham prioridade nas listas, que serão
estabelecidas pelos dirigentes estaduais, os quais são subordinados ao comando
nacional. Essa "preferência" foi discutida na quarta-feira passada
entre os presidentes da Câmara e do Senado com Temer e Gilmar no Palácio do
Planalto.
Dos 10 partidos com maiores bancadas na
Câmara, apenas o PR não tem nenhum dos quatro integrantes de sua Executiva
Nacional citados ou investigados na Lava Jato. Entre os outros nove partidos
com integrantes do comando envolvidos na operação, pelo menos seis possuem o
presidente ou presidente licenciado, cargo mais alto na hierarquia partidária,
citado pela Lava Jato e investigações decorrentes. São eles: PMDB, PSDB, PP,
PSD, PRB e PDT. O levantamento não leva em conta os suplentes das executivas.
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