Jornal Folha de São Paulo, edição de hoje, traz a
informação de que o ex-presidente da Odebrecht Ambiental Fernando Cunha
Reis afirmou, em seu acordo de delação premiada no âmbito da Lava Jato, que
doou R$ 2 milhões em caixa dois para a campanha do pemedebista Henrique Eduardo
Alves ao governo do Rio Grande do Norte, em 2014.
Alves perdeu a eleição no segundo turno para Robinson
Faria, candidato do PSD.
O pedido de contribuição foi feito, segundo o delator,
numa reunião de que ele participou juntamente com Alves e o então deputado
federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ), hoje preso em Curitiba pela Operação Lava
Jato.
O encontro, segundo a delação, aconteceu no dia 06 de
setembro de 2014 no gabinete de Cunha, na Câmara dos Deputados, em Brasília.
A doação em caixa dois teria sido paga em dinheiro vivo e
viabilizada por meio do setor de operações estruturadas da Odebrecht,
classificado pelos investigadores da Lava Jato como departamento de propinas da
empresa.
Alves foi ministro do Turismo do governo Dilma Rousseff
entre abril de 2015 e março de 2016. Saiu do cargo ao apoiar o impeachment da
presidente.
Voltou à pasta em 12 de maio de 2016, com a chegada de
Michel Temer ao Palácio do Planalto.
O OUTRO LADO
O advogado de Henrique Alves, Marcelo Leal, nega que o
cliente tenha recebido doação ilegal ou por meio de caixa dois.
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