A Polícia Federal (PF) apreendeu documentos com a
anotação “cx 2” escrita à mão na casa do senador Aécio Neves (PSDB-MG). A
operação da PF foi realizada em 18 de maio, durante a operação Patmos, mas o
material só foi revelado nesta sexta-feira (26). Os documentos e um bloqueador
de sinal telefônico foram encontrados no apartamento que Aécio mantém na
Avenida Vieira Souto, no Rio de Janeiro. A defesa de Aécio afirma que “eventual
referência CX2 não significa qualquer indício de ilegalidade” (leia a íntegra da
nota abaixo).
De acordo com o jornal O Globo, o relatório da
PF aponta que foram apreendidos “diversos documentos”, inclusive comprovantes
de depósitos e anotações manuscritas de “cx 2”. A PF também fez apreensões na
casa e no gabinete de Aécio em Brasília. Em uma agenda de 2016 que foi
recolhida pela PF, há um registro de reunião com Joesley Batista, dono da JBS.
No gabinete do político, foram encontradas “folhas
impressas no idioma aparentemente alemão, relativo a Norbert Muller”. Investigações
apontam Muller como doleiro especializado na abertura de contas no exterior
para políticos. Entre os outros documentos há anotações relacionadas a
inquéritos e termos de colaboração, dados da construtora Odebrecht e caderno
com agendamentos de reuniões, inclusive com Joesley Batista, e citação a
“ministro Marcelo Dantas”. Marcelo Navarro Ribeiro Dantas, ministro do Superior
Tribunal de Justiça (STJ) é investigado por tentar obstruir investigações da
Lava Jato.
Entre outros objetos, foram apreendidos um celular e um pen-drive.
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