Mais do que esperada, a prisão de Geddel vem no momento
em que há rumores sobre uma possível operação abafa da Lava Jato liderada pelo
Supremo Tribunal Federal, que regulou delações, soltou presos preventivos e
tenta acabar com os vazamentos de informações.
A justificativa é a de sempre: obstrução da justiça. O
detalhe é que ele, pelo critério elencado, já deveria ter sido preso desde
Março, quando já se sabia que passava mensagens para a mulher do operador de
Eduardo Cunha, o hoje preso doleiro Lúcio Funaro, querendo saber sobre a
disposição de Funaro delatar.
Se seguirmos o padrão da operação, fica claro que a prisão
dele já estava em stand by só esperando o momento mais oportuno para acontecer
numa situação em que fosse necessário afirmar a operação, atacar algum inimigo
ou influenciar à opinião pública. Foi assim nas demais prisões: o timming não é
jurídico, mas sempre de resposta à política.
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