Num instante em que o Congresso vota um remendo eleitoral
batizado de reforma política, o eleitor brasileiro precisa se ligar. Ou
continuará sendo feito de bobo. Congressistas enlameados buscam a autoproteção
com financiamento público. Seja qual for o modelo adotrado, a crise exige uma
atitude do eleitor. Um gesto individual e consciente. A corrupção e a
desfaçatez já não permitem que o eleitor se mantenha exilado no conforto de sua
omissão política. A conjuntura intima o brasileiro a retornar à história do
país, moralizando-a.
Presidentes, governadores, senadores e deputados não
surgem por geração espontânea. Eles nascem do voto. E não é mais admissível que
pilantras notórios continuem se reelegendo eternamente. O primeiro passo é
abandonar o lero-lero de que os políticos ''são todos iguais''. Não são. Isso é
coisa de quem não quer pensar.
Depois que a política virou um outro ramo do crime
organizado, ficou mas difícil de distinguir bandidos de mocinhos. Mas não é
impossível. Na era da internet, as informações estão aí, à disposição de todos.
Se o Congresso não se emenda, se o TSE não cassa ninguém e se o STF retarda os
julgamentos cabe ao eleitor assumir o seu papel de protagonista do espetáculo
de 2018. A verdadeira reforma política está na urna. Prepare-se desde já para
fazer Justiça com o próprio dedo.
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