Entre os problemas que se acumulam sobre a mesa do
presidente da República três são dramáticos: a dívida pública, o rombo da
Previdência e o déficit moral. Para salvar o seu mandato, Michel Temer agravou
todos eles. Em vez de cortar despesas, comprou deputados e loteou cofres
públicos.
Sem força para impor sua
reforma previdenciária, brindou a bancada ruralista com um refinanciamento de
dívidas que custará à Previdência uma renúncia de R$ 5,4 bilhões. De resto,
Temer revitalizou sua aliança com a banda podre do Congresso, cuja prioridade é
preparar novas emboscadas legislativas contra a Lava Jato.
Temer vende a tese segundo a
qual o sepultamento da denúncia de corrupção contra ele beneficia o país e
permite ao governo retomar sua agenda de reformas. É conversa fiada. Segundo o
Ibope, 81% dos brasileiros gostariam que a Câmara autorizasse o Supremo
Tribunal Federal a julgar Temer. E a maioria da infantaria do governo não quer
reformar coisa nenhuma. Quer manter os velhos hábitos.
Fonte: Josias de Souaza
0 comentários:
Postar um comentário