Alvo de denúncia oferecida pela Procuradoria-Geral da
República nesta sexta-feira, 25, o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB)
teria solicitado em 2008 ao então diretor da Transpetro, Sérgio Machado, o
pagamento de R$ 125 mil em propina.
Segundo a acusação, assinada
pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, Garibaldi e Machado
ajustaram o pagamento da vantagem indevida por meio de doação efetivada ao
Diretório Estadual do PMDB no Rio Grande do Norte. Seis dias depois de o
pagamento ser efetivado, o dinheiro foi parar na conta da então candidata à
Prefeitura de Natal Fátima Bezerra (PT), que tinha o apoio de Garibaldi no
pleito.
Os detalhes da negociação
foram acertados, segundo apontam as investigações do Ministério Público
Federal, pelo então assessor de Garibaldi Lindolfo Sales. Na denúncia, Janot
aponta que, para atender ao pedido do peemedebista, Sérgio Machado solicitou
aos empresários Luiz Fernando Nave Maramaldo e Nelson Cortonesi Maramaldo,
controladores da NM Engenharia, que realizassem uma doação no valor de exatos
R$ 125 mil ao Diretório do PMDB/RN.
A investigação dos extratos de
prestação de contas do PMDB na campanha eleitoral daquele ano mostra que o
valor foi depositado em 11 de setembro, com a quantia sendo liberada no dia
seguinte. Em seguida, o dinheiro foi encaminhado ao comitê financeiro da
petista. “Por esse meio, constata-se que o exato montante de R$ 125.000 doados
pela NM Serviços chegou em meros seis dias úteis do Diretório Estadual do
PMDB-RN à campanha de MARIA DE FÁTIMA BEZERRA, então candidata do PT ao cargo
de prefeita da cidade de Natal, pela coligação ‘União por Natal’ (PT, PMDB e
PSB)”, assinala a denúncia.
CINCO SENADORES SÃO ALVOS
A denúncia apresentada pela
Procuradoria-Geral da República nesta sexta-feira atinge cinco senadores e
outras quatro pessoas. Além de Garibaldi, foram acusados de corrupção passiva e
lavagem de dinheiro os senadores Romero Jucá, Renan Calheiros, José Sarney e
Valdir Raupp, todos do PMDB. Também foram denunciados Luiz Fernando Nave
Maramaldo e Nelson Cortonesi Maramaldo — sócios da NM Engenharia — e Fernando
Reis, ex-diretor da Odebrecht Ambiental.
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