O NOAA, o Serviço Nacional de Clima dos Estados Unidos, atualizou suas previsões sobre o La Niña e aumentou as chances de o fenômeno se desenvolver para um percentual de 55% a 60% durante o período de primavera/verão do hemisfério sul e outono/inverno do norte. Durante o último mês, as águas do oceano Pacífico seguiram esfriando, ficando quase abaixo da média de neutralidade climática, reforçando a possibilidade de ocorrência do fenômeno.
Segundo informações do instituto, as águas da
sub-superfície do oceano se tornaram consideravelmente negativas no último mês, como mostram as figuras a seguir.
"Começamos a observar algumas indicações ao longo de
agosto de uma mudança poderia estar em andamento. A primeira é a tendência
descendente nas anomalias da temperatura central do mar do Pacífico de julho a
agosto, com a média em agosto de 0,4ºC", explicam especialistas do portal
internacional Weather Nation.
Ainda segundo os meteorologistas e climatologistas, as mudanças nas movimentações dos ventos também começam a indicar mais força na possibilidade de ocorrência de um La Niña.
A imagens são do NOAA e mostram esse resfriamento das
águas. E novas informações partem do serviço em 12 de outubro.
E as previsões mais fortes para um La Niña nos próximos
meses já traz impactos sobre o mercado. "Preços mais altos do gás natural
nos Estados Unidos, seca no Brasil e cheias nas áreas de mineração de carvão na
Austrália são mais prováveis depois dessas previsões", explicam analistas
ouvidos pela agência de notícias Bloomberg.
O La Niña, se confirmado, pode trazer condições de tempo
mais seco do que o normal no Centro-Sul do Brasil, norte da Argentina, Paraguai
e Uruguai durante os meses de setembro e dezembro. O período é determinante
para a safra de grãos de verão destes países.
"O mercado vai manter os olhos muito atentos à essa
questão do La Niña", disse a CRM Agricommodities nesse momento em que o
plantio argentino e brasileiro estão prestes a começar.
Com informações do NOAA,
Bloomberg, Agrimoney e Weather Nation.
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