A Justiça Eleitoral e o Exército pretendem firmar um
convênio para atuar em conjunto no combate aos crimes cibernéticos nas próximas
eleições. O tema foi debatido hoje (10) em uma primeira reunião entre o
ministro da Defesa, Raul Jungmann, e o presidente do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes.
“Como a nova legislação vai jogar, nas próximas eleições,
muito peso nas redes sociais, é fundamental contar com um comitê que se
preocupe também com os crimes eleitorais cibernéticos”, disse Jungmann antes da
reunião, convocada por Gilmar Mendes e realizada no Supremo Tribunal Federal
(STF).
Segundo o ministro, o Exército é uma das instituições
mais bem equipadas para atuar no combate a crimes eleitorais cibernéticos e por
isso foi chamado pelo TSE.
Além do campo virtual, o Exército deve intensificar sua
atuação nas ruas. Uma das preocupações é com o que Jungmann disse ser uma
tentativa do crime organizado em implantar um “Estado paralelo”, em especial no
Rio de Janeiro.
Com o fim das doações de empresas para as campanhas, o
presidente do TSE voltou a expressar preocupação também com a “caça a CPFs
[Cadastros de Pessoa Física]”, quando pessoas físicas são cooptadas a fazer
doações em seu nome, mas usando dinheiro do crime organizado.
Segundo Mendes, a intenção é, a partir de agora, realizar
reuniões semanais para discutir a segurança e o combate ao crime organizado nas
eleições, incluindo a participação da procuradora-geral da República, Raquel
Dodge, e de outros ministros de Estado, como Sergio Etchegoyen (Segurança
Institucional) e Torquato Jardim (Justiça).
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