A Polícia Federal prendeu o chefe da assessoria parlamentar
do Ministério do Turismo, Norton Masera, e fez buscas na sede da pasta em
Brasília nesta quinta-feira (26). Os mandados no ministério fazem parte da Operação Lavat, destinada a desarticular uma organização criminosa
investigada em uma operação anterior, a Manus. Ela prendeu em junho deste ano o ex-ministro do Turismo e ex-deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB).
Segundo testemunhas, policiais federais chegaram em
frente ao prédio por volta das 7h, mas só subiram 15 minutos depois. Eles
entraram pela portaria privativa, que dá acesso aos gabinetes do ministro e de
secretários. Até a última atualização desta reportagem, os policiais
continuavam no local. PF investiga desvios no Ministério do Turismo
O ministro do Turismo Marx Beltrão se licenciou para
votar a denúncia contra Temer. Quem está respondendo é o interino, que também é
o secretário-executivo, Alberto Alves. Ele já foi informado da operação e
designou uma servidora da área administrativa para acompanhar as buscas.
Segundo a PF, a organização criminosa continuou
praticando crimes de lavagem de dinheiro. Ao todo, são cumpridos 27 mandados:
22 de busca e apreensão, 3 de prisão temporária e 2 de condução coercitiva. A
maior parte ocorre no Rio Grande do Norte.
De acordo com a corporação, durante a análise do material
apreendido na Operação Manus foram identificadas “fortes evidências quanto à
atuação de outras pessoas pertencentes a organização criminosa”, que continuou
lavando dinheiro e ocultando valores para o chefe do grupo.
Foi identificado também esquema criminoso que fraudava
licitações em diversos municípios do RN visando a obter contratos públicos, que
somados alcançam cerca de R$ 5,5 milhões, para alimentar a campanha ao governo
estadual em 2014.
O nome da operação ainda é referência ao provérbio latino
“Manus Manum Fricat, Et Manus Manus Lavat”, cujo significado é: uma mão esfrega
a outra; uma mão lava a outra.
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