Ocupando o prédio da Secretaria Estadual de Planejamento
e Finanças (SEPLAN) desde a última quarta-feira, 22, servidores e estudantes da
Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), que cobram a
regularização de seus salários por parte do governo potiguar, ganharam nesta
sexta-feira, 24, o apoio de lideranças do Partido dos Trabalhadores (PT) no RN,
como a senadora Fátima Bezerra, o deputado estadual Fernando Mineiro, e a
vereadora de Natal Natália Bonavides.
O apoio da sigla vermelha e de três de seus principais
líderes na capital ficou explícito após o Poder Executivo ter
judicializado a manifestação e ter conquistado uma vitória por meio do Poder
Judiciário, que ordenou a desocupação do prédio. Ao final desta sexta-feira,
24, oficiais de Justiça foram até a Secretaria de Planejamento para cumprir a
ordem, mas até a publicação desta matéria os manifestantes ainda continuavam
nas dependências da estrutura com o apoio moral dos parlamentares petistas.
Uma vez que a senadora Fátima Bezerra vem tendo seu nome
ventilado para a próxima disputa ao Governo do Estado, o apoio dela aos
manifestantes da UERN é considerado ato político em busca de novas empatias
para a sua eventual candidatura no ano que vem. Atualmente, ela lidera as
pesquisas de intenções de voto para chefiar o Executivo no quadriênio
2019-2022, quando se encerrará o mandato do atual governador Robinson Faria
(PSD).
A reportagem do Portal
Agora RN tentou contato com os três parlamentares petistas
que estiveram presentes na Seplan nesta sexta, mas conseguiu falar apenas com o
deputado Fernando Mineiro. De acordo com ele, o governo errou ao ter
judicializado a manifestação dos servidores. Na sua concepção, a melhor saída
para o caso seria o diálogo. “Houve um equívoco na decisão. Trata-se de um problema
político-administrativo, não judicial. Poderiam sentar com a categoria e
promover o diálogo, mas optaram por acionar a Justiça”, criticou.
A decisão judicial que obrigou a desocupação do prédio da
Seplan foi proferida pelo juiz Bruno Lacerda. Ele justificou sua decisão
explicando que, apesar de ser direito da população se manifestar livremente e
de realizar greves, a ocupação estava atrapalhando o funcionamento da
Secretaria e o livre acesso para quem quiser transitar no local. Além de
servidores da UERN, também participaram da movimentação servidores da Saúde e
líderes de entidades sindicais. Cerca de 60 pessoas estavam no local.
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