O Governo do Rio Grande do Norte terá que pagar os
valores referentes aos duodécimos atrasados dos Poderes e órgãos autônomos do
estado. Consequentemente, há quem preveja que os salários dos servidores do
Executivo sofram novos atrasos, exemplo do coordenador-geral do Sindsaúde,
Manoel Egídio, que também afirmou que neste quesito os Poderes desrespeitam os
demais servidores que lutam para colocar o pão de cada dia na mesa, enquanto
que há magistrados que recebem altos valores apenas em, por exemplo, auxílio-moradia.
“Não apenas há incompreensão dos Poderes, mas também
falta de respeito aos demais servidores, porque nenhuma categoria ou Poder
deveria ser mais importante do o outro; deveria haver um trabalho entre o
Executivo, Legislativo e Judiciário para que somassem esforços e todos
recebessem visibilidade, mas o que estamos vendo são os outros Poderes esbanjando dinheiro público”, disse.
Para Egídio, os auxílios que alguns profissionais do
Judiciário recebem poderiam ser convertidos em melhorias para equilibrar as
dificuldades do Executivo. “O que foi pago a desembargadores e magistrados
aposentados foram licenças acumuladas, auxílios-moradias retroativos, e
enquanto isso servidores do Executivo não têm como colocar o pão de cada dia na
mesa – é um contrassenso e uma falta de sensibilidade e moralidade dos
Poderes”.
Por fim, o coordenador do Sindsaúde lamentou o ponto em
que a crise das finanças no Estado chegou. “A crise não é apenas do Poder
Executivo, a crise tem que ser de todos. O governo não era para atrasar
duodécimo, era para ter compensado o dinheiro que os Poderes têm retidos dos
orçamentos cortados”, concluiu Egídio.
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