A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF),
determinou que a Polícia Federal realize uma série de diligências para
investigar se o senador José Agripino Maia (DEM) empregou, de forma irregular,
um servidor em seu gabinete. O pedido das apurações foi feito pela
Procuradoria-Geral da República, que aponta suposta lavagem de dinheiro e
peculato. Agripino, por sua vez, negou que tenha praticado os crimes expostos
pelo órgão.
De acordo com as suspeitas da Procuradoria-Geral da
República, o senador teria empregado um “servidor fantasma” em seu gabinete
que, na verdade, estaria trabalhando em uma farmácia. O funcionário teria
sacado uma certa quantia em dinheiro e depositado a uma conta atribuída a
Raimundo Alves Maia Júnior, primo do senador. Consequentemente, a ministra Rosa
Weber determinou que a PF colha os depoimentos de dois funcionários da
Drogafarma.
A Folha de S. Paulo publicou reportagem, há dois anos, em que Victor Neves
Wanderley, o suposto funcionário, afirma receber salário no Senado, sem nunca
ter trabalhado no Parlamento. Registros no Senado apontaram na época que
Wanderley atuava como assessor no escritório de apoio de Agripino. Seu salário
seria de R$ 7.415,57.
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