No Rio Grande do Norte, a maior derrotada com a
condenação do ex-presidente Lula é a senadora Fátima Bezerra (PT). Ela lidera
as pesquisas para o Governo do Estado em condições frágeis e com intenção de
votos na casa dos 20%.
É um quadro ruim para quem é
100% conhecida no Estado. A alavanca para melhorar o desempenho eleitoral da
petista seria um Lula forte na disputa. Condenado em segunda instância, o
ex-presidente tem menos força para embalar a campanha de Fátima e o antipetismo
aflora e ganha discurso na classe média.
Lula fora da disputa seria
desastroso para as pretensões de Fátima Bezerra. Sem ele, a senadora corre o
risco de repetir Fernando Bezerra que em 2002 liderou as pesquisas chegando a
ser cotado para vencer no primeiro turno, mas terminou nem indo à segunda etapa
do pleito que colocou frente a frente Wilma de Faria contra o hoje presidiário
Fernando Freire.
Quem ganha?
Em outros tempos seria fácil
dizer que o senador José Agripino (DEM) surfaria numa onda como essa. Hoje ele
é um surfista cansado com a prancha política trincada. Não é só o “Galego do
Alecrim” que padece desse mal. Toda elite política do Estado afunda numa crise
de imagem sem precedentes e pode levar um caldo nas urnas caso surja algum
movimento alternativo minimamente organizado, o que até agora não aconteceu.
Fátima é a maior perdedora com
a nova condenação de Lula, mas ninguém ganhou pontos com isso num rio grande de
desgaste político.
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