O prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves (PDT), decidiu
que será candidato ao Governo do Estado nas próximas eleições, segundo
interlocutores do pedetista. Com isso, o político deverá renunciar ao atual
mandato no dia 7 de abril, prazo final de descompatibilização determinado pela
Justiça Eleitoral. Neste caso, seu vice, Álvaro Dias (PMDB), assume o cargo até
2020.
Segundo o Agora RN apurou, a coalizão política que será formada em torno
da candidatura de Carlos Eduardo para governador também já foi definida. O
palanque teria como candidatos a senador Garibaldi Alves Filho (PMDB) e José
Agripino Maia (DEM), parlamentares que buscam a reeleição.
A chapa teria ainda a participação da ex-governadora e atual prefeita de
Mossoró, Rosalba Ciarlini (PP), que indicaria o candidato a vice de Carlos
Eduardo.
Se confirmada, a decisão de Carlos Eduardo põe fim a uma incógnita lançada
ainda durante a campanha de reeleição dele à Prefeitura de Natal. Na época, por
causa da pressão dos adversários, o prefeito chegou a prometer que não
renunciaria para ser candidato a outro mandato.
O prazo de descompatibilização fez com que o prefeito hesitasse em tomar a
decisão. Isso porque, enquanto seus potenciais adversários terão um período
maior para articular as pretensões (o registro de candidaturas vai até o dia 15
de agosto e, no caso dos demais pré-candidatos, não é preciso renunciar a
outros cargos), o pedetista precisará agir precocemente, quando o cenário
político ainda estará pouco definido. Aliados ponderam que renunciar em abril
pode representar um “tiro no escuro”.
Outro fator que influenciava na decisão do prefeito é o grau de risco da
renúncia. Se deixar a gestão municipal para concorrer ao Governo do Estado e
perder, Carlos Eduardo pode ficar quatro anos sem mandato eletivo, uma vez que
ele só teria chance de retomar o poder em 2022. Em 2020, a menos que ele queira
ser candidato a vereador, o pedetista não poderia mais uma vez concorrer a
prefeito.
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