O governador Robinson Faria (PSD) está decidido a pedir
intervenção federal no sistema de segurança do Rio Grande do Norte, pegando
como exemplo a intervenção no Rio de Janeiro.
O pedido deve ser apresentado ao presidente Michel Temer (MDB) nesta
quinta-feira (1º de março), por ocasião do encontro de governador no Palácio do
Planalto para debater a crise na segurança pública do País.
Robinson entende que perdeu a batalha para fazer valer o seu único
discurso de campanha em 2014, que foi a promessa de combater a criminalidade e
estabelecer o quadro de segurança no Estado.
O fracasso está estampado nos números. O RN vem batendo recordes de
assassinatos desde o segundo ano do governo Robinson. A crise ficou ainda mais
aguda em 2017 (VEJA AQUI),
do primeiro ao último mês do ano.
Em janeiro, uma rebelião na Penitenciária Alcaçuz, em Nísia Floresta,
terminou com 26 presos mortos e degolados. Foi preciso a presença da Força
Nacional para restabelecer a ordem, mesmo assim, as facções criminosas
continuaram e continuam dando as ordens. (VEJA AQUI)
Em dezembro, o Rio Grande do Norte viveu duas semanas de terror, com cerca
de 90 assassinatos e mais de 700 ações criminosas como assaltos, arrastões, arrombamentos,
roubos, etc. Os bandidos se aproveitaram do aquartelamento de policiais
militares, civis e bombeiros, em protesto ao atraso de salários (VEJA AQUI).
Como não há mais tempo para dá uma resposta positiva à população, Robinson
Faria aposta numa possível intervenção federal para restabelecer a ordem e
amenizar o desgaste do seu governo.
A Governadoria, porém, ainda não admite a decisão do governador. Há uma
corrente contrária, argumentando que um pedido de intervenção seria a
assinatura da incompetência do governador, como está acontecendo com o
governador Pezão no Rio de Janeiro.
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