Em um País onde os estados encerraram o ano de 2017 com
um montante de R$ 790 bilhões em dívidas, o Rio Grande do Norte, por incrível
que pareça diante da situação local de crise, encerrou o ano passado merecendo
os parabéns: foi o estado com a menor dívida e com o menor comprometimento de
sua receita para pagar débitos. A informação é do Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada, o Ipea, em levantamento divulgado nesta quinta-feira, 3.
O levantamento destaca, principalmente, a crise
financeira que forçou um processo de renegociação de dívidas com o Governo
Federal. Nesses casos, a crise se estabeleceu, principalmente, no Sul e no
Sudeste, consideradas as regiões que concentram os estados mais ricos do País.
“Enquanto Sul e Sudeste lideram a lista dos mais endividados – dívida
consolidada de 37,10% em São Paulo, 9,50% no Rio Grande do Sul, 4,54% no Rio de
Janeiro e 3,72% em Minas Gerais -, as regiões Nordeste e Norte apresentam os
que menos devem: Rio Grande do Norte e Roraima, ambos com 0,27%, Tocantins
(0,39%), seguido do Pará (0,41%)”, apontou o levantamento.
No caso do Rio Grande do Norte, porém, a dívida é ainda
menor que a de Roraima. O estado potiguar devia R$ 2,072 bilhões em 2017,
contra R$ 2,083 bilhões do roraimense. Essa dívida corresponderia a 0,22% da
receita corrente líquida do ano, que foi de R$ 6,7 bilhões, bem menor que a
situação do mais endividado do Brasil, que foi o Rio Grande do Sul, com uma
dívida de R$ 74 bilhões e um orçamento, em 2017, de apenas R$ 34 bilhões.
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