O uso de uma boneca gigante, vestida de rosa-choque e com
faixa transversal branca no peito, com a identificação “Rosa de Hiroshima” em
cor preta, deixou-a irritada.
Ela foi aconselhada a sair do camarote à passagem do
bloco de manifestantes. E assim o fez. Só retornou após a passagem da
movimentação.
À frente de um dos trios-elétricos em circulação no
circuito do evento, a Rosa de Hiroshima foi encarada com sisudez pelo
ex-deputado estadual Carlos Augusto Rosado, marido da prefeita.
Mas mesmo assim, ele desviou o olhar de cartazes à altura
do seu rosto, com críticas à prefeita e à gestão, além de uma faixa mantida
pela “comissão de frente” do bloco, com o seguinte mensagem: “Tô no Pingo da
Mei Dia sem um pingo de aumento”.
A mobilização é em face da prefeita emplacar o segundo
ano consecutivo de seu governo, sem conceder reajuste algum aos servidores.
Essa não é a primeira vez que Rosalba Ciarlini convive
com esse tipo de crítica política. Em sua passagem pelo governo estadual,
também se deparou com outra ‘sósia’. A onda de protestos chegou até Mossoró,
principalmente em 2013.
O que é a “Rosa de
Hiroshima”? É um poema de Vinícius de Moraes, musicado por
Gerson Conrad na canção Rosa de Hiroshima da banda Secos e Molhados (Ney
Matogrosso, Gerson Conrad e João Ricardo). A música foi lançada em 1973, no
disco de estréia do grupo. Em 2009 a revista Roling Stone seleciou-a entre as
100 melhores músicas brasileira de todos os tempos, na posição 69. A letra fala
dos efeitos das bombas atômicas despejadas sobre o Japão, pondo fim à Segunda
Guerra Mundial. É um hino pacifista. Paradoxalmente, a bomba ao ser acionada
forma imagem que se assemelha a uma “rosa”.
Fonte: Carlos Santos.
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