De hoje, sexta-feira, 6, a 40 dias, ou seja, dia 16 de
agosto, vai começar a campanha eleitoral em todo o Brasil e isso inclui o Rio
Grande do Norte, obviamente. A questão é que, apesar de já se estar na chamada
“reta final” desse período pré-eleitoral, a indefinição continua em quase todas
as chapas dos oito nomes que se intitulam como pré-candidatos ao Governo do RN.
E a questão das alianças proporcionais, que vai viabilizar ou não a reeleição
de deputados, pode estar motivando isso.
É bem verdade que esse problema possa estar acontecendo pela última vez,
visto que para a próxima eleição geral, no ano de 2022, as disputas
proporcionais não existirão mais e só serão eleitos os mais votados (isso é, se
a regra não mudar novamente até lá). “Está havendo uma discussão sobre quais as
contribuições que cada partido dará. Se vai apoiar um nome na majoritária para
ter mais apoio na proporcional ou o contrário. E essa indefinição ainda
persiste porque, neste ano, a campanha está mais curta, com uma pré-campanha mais
longa”, analisou Daniel Menezes.
Dessa forma, como têm mais tempo para discutir, os políticos profissionais
estão adiando essas definições, com o objetivo de entrar na disputa com a maior
certeza de vitória (ou o menor risco de derrota). “O político profissional
trabalha para entrar no pleito com a menor possibilidade de risco possível”,
acrescentou o analista.
Quando se olha a chapa, fica fácil ver que essa indefinição proporcional
está provocando uma dúvida sobre o nome do pré-candidato a vice-governador –
último cargo que ainda está em aberto na maioria das chapas. Quem não se
preocupa com isso por estar indo na condição de “puro sangue” para a disputa,
como os pré-candidatos ao governo Carlos Alberto (Psol) e Dário Barbosa (PSTU),
que já têm seus vices definidos: Cida Dantas (Psol) e Socorro Ribeiro (PSTU).
Eles, porém, são os únicos até agora.
Na chapa encabeçada pelo atual governador Robinson Faria (PSD), o nome do
vice deverá vir de algum partido que compõe hoje a base aliada da gestão. A
chapa, inclusive, só tem até o momento a definição de um dos nomes para o
Senado, que será o ex-senador Geraldo Melo (PSDB). O ex-prefeito de Natal,
Carlos Eduardo Alves (PDT) está mais adiantado: já definiu os dois nomes de
senador, Garibaldi Alves Filho (MDB) e Antônio Jácome (PODEMOS), mas falta o
nome do vice, que deverá ser indicado pela prefeita de Mossoró, Rosalba
Ciarlini (PP). As opções para Carlos Eduardo seriam o deputado federal Beto
Rosado, o filho de Rosalba que hoje é pré-candidato a deputado estadual, Kadu
Ciarlini, e a irmã de Rosalba, ex-deputada estadual Ruth Ciarlini.
Quem também está “estudando nomes” é a senadora Fátima Bezerra,
pré-candidata ao Governo pelo PT. Até o momento, ela tem apenas uma companheira
de chapa: Zenaide Maia, que disputará o Senado pelo PHS. O vice será indicado
pelo PC do B e o outro candidato ao Senado deverá sair do próprio PT. Ao lado,
está a pré-candidatura do vice-governador Fábio Dantas (PSB) ao Governo.
Buscando apoios ainda, ele tem apenas o nome do ex-presidente da Federação da
Agricultura do RN, Zé Vieira, como pré-candidato ao Senado.
Mesma condição está o pré-candidato ao governo pelo Solidariedade, Breno
Queiroga, e o nome da Rede Sustentabilidade, Freitas Jr. Eles não têm vice, nem
o segundo nome para o Senado. Apenas um pré-candidato a senador: Magnólia
Figueiredo, no caso do Solidariedade, e João Napoleão, na Rede.
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