Em Apodi, município do Oeste potiguar, os campos de arroz
vermelho estão prontos para as colheitas por causa das chuvas deste ano. Foram
quase quatro meses de espera até que as lavouras ficassem prontas. A variedade
do grão é uma das mais tradicionais e consumidas da região.
A safra, que
começou na segunda quinzena de junho, deve seguir até metade de julho. Cerca de
20 mil quilos de arroz são colhidos diariamente no município. Fabiano Alves,
proprietário de máquinas agrícolas que auxiliam a colheita, fica com 15% do que
é colhido.
Ou seja, são 3 mil quilos de arroz por dia. "A colheita dura em
torno de 30 ou 40 dias. Comparada com a safra anterior, foi boa a
produção", disse Fabiano.
O agricultor
João Batista Leite plantou dez tarefas, o equilavante a quase três hectares.
Ele conseguiu colher cerca de 20 mil quilos. Há seis anos o produtor investe no
cultivo do arroz vermelho. "O arroz deu melhor por causa da chuva",
relatou o agricultor.
Apodi é o maior produtor de arroz vermelho do Rio Grande
do Norte. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), o último levantamento feito em 2016 apontou que o município produziu 3
mil toneladas do grão naquele ano. O município vizinho, Felipe Guerra, ficou em
segundo lugar com 221 toneladas.
Para este ano, os agricultores acreditam que a produção
será melhor se comparada a 2017. A oferta do arroz vermelho cresceu e baixou o
preço do grão, que atualmente é vendido no mercado por até R$1,10 o quilo,
cerca de 20% a menos que na safra passada.
Mesmo com o preço mais baixo, o lucro deve ser
satisfatório. As chuvas deste ano ajudaram e fizeram com que os produtores
reduzissem os gastos com energia utilizada na irrigação das plantações. Após
retirar as despesas, o agricultor João Batista Leite deve lucrar cerca de R$ 6
mil com a safra. E se continuar chovendo, pode repetir o plantio.
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